Uma das principais causas de morte em animais é o câncer, devido ao avanço das células cancerígenas.
De acordo com a ABINPET (2020), o Brasil é o terceiro maior país em população total de animais de estimação, com o total de 139,3 milhões de pets, e estima-se que a população de felinos esteja em torno de 23,9 milhões.
Com esta alta densidade populacional, maior profissionalização na medicina felina, e maior conscientização dos tutores, a expectativa de vida da espécie tem aumentado, devido a uma maior qualidade de vida (MOREIRA et al., 2018).
No entanto, apesar da profissionalização e evolução da medicina felina, metade dos pacientes oncológicos acabam vindo a óbito e, a maioria necessita de terapias e cirurgias (GARCIA et al., 2019).
Uma das principais causas de morte em animais é o câncer, devido ao avanço das células cancerígenas (ABDOON et al., 2016). Fossum e colaboradores (2005), afirmam que os tumores das glândulas mamárias são frequentes, representam o terceiro tumor mais comum em gatas, e estimam que 90% são malignos.
A incidência da doença ocorre proporcionalmente em relação a idade, principalmente em gatas que não foram castradas, e a ocorrência de metástase é comum, levando a uma sobrevida menor que um ano (Nunes et al.,2011).
Nunes e colaboradores (2011), afirmam que as informações são limitadas e conflitantes sobre a origem da neoplasia mamária felina, podendo ser multifatorial, como: idade, dieta, influências hormonais, genética, radiação, agentes virais, medicamentos anticoncepcionais e oncogenes.
O que chama muito a atenção, é a relação entre tumores mamários e contraceptivos. Um estudo realizado por Silva et al. (2020), avaliou casos de gatas, com efeitos colaterais correlacionados ao uso de fármacos contraceptivos, e mostrou que 48% dos tutores de gatas levadas para atendimento clínico afirmaram ter administrado fármacos contraceptivos em suas gatas, sendo que 100% delas apresentaram mais patologias como: piometra (22,2%), aborto (22,2) e alterações mamárias (hiperplasia ou neoplasia) (55,5%). O estudo avaliou um total de 21 gatas, 3 delas apresentaram casos de neoplasia mamária, os animais tinham 9 meses, 1 ano e 2 anos de idade, e não possuíam raça definida (SRD). Podendo concluir que é frequente o uso indiscriminado de fármacos contraceptivos, e causa efeitos negativos nos animais.
Conclui-se que para o diagnóstico e tratamento correto, deve-se realizar criteriosamente um excelente acompanhamento com Médico Veterinário. E, os contraceptivos possuem participação importante na origem da doença.
Camila P. S. Prinz
CRMV-SC 6970
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